Jerónimo de Sousa de visita a Campo
Foi recebido no Centro de Trabalho, onde fez uma breve alocução sobre a importância das organizações locais do Partido e dos seus centros de trabalho, visitou interessadamente o Museu da Lousa, pela mão da sua Directora e assistiu ao espectáculo proporcionado pela Orquestra ligeira da Banda Musical de Campo e pelo Grupo coral Trovas Antigas. Esta jornada política, que encheu de alegria os comunistas de Campo e os amigos do Partido , que a ela assistiram, terminou com uma intervenção de Adriano Ribeiro, entre outras coisas recordou todos os que, presentes e ausentes, ao longo destes trinta anos contribuiram para erguer a organização do Partido em Campo e com o discurso de improviso de Jerónimo de Sousa. Neste discurso, de conteúdo tão profundo como didáctico, o Secretário-geral do PCP traçou o panorama da política de direita do chamado partido socialista e realçou a necessidade e a justeza da luta dos comunistas e de todos os que a ela se opõem de forma activa e consequente. Duas frases, das muitas que poderiamos aqui transcrever, destacamos deste improviso:
"No PCP tão importante é o militante que desempenha a mais humilde tarefa num desconhecido Centro de Trabalho, como o que vem à televisão explicar e defender a linha do partido de que todos somos membros e iguais em deveres e direitos. No PCP não há camaradas de diversas categorias, quando muito haverá camaradas com diversas responsabilidades".
"Costumo muitas vezes citar o poeta que disse que quem perdeu os bens perdeu alguma coisa, quem perdeu a dignidade perdeu muito e quem perdeu a coragem perdeu tudo. É certo que perdemos alguns bens, direitos, conquistas de Abril, perdidas, certamente; mas, nós comunistas estamos longe de ter perdido a dignidade e ainda menos a coragem, a esperança, a confiança, que as coisas hão-de mudar, que o Povo há-de ser capaz de continuar a lutar por uma vida melhor e por uma sociedade liberta da exploração do Homem pelo Homem".