CDU vota contra Contas de Gerência de 2006 da Junta de Freguesia de Ermesinde
Em reunião do Executivo da Junta de Freguesia de Ermesinde, realizada ontem, a eleita da CDU, Sónia Sousa, votou contra as Contas de Gerência de 2006 deste órgão autárquico.A opção de voto da CDU assentou essencialmente em factores de ordem política e de avaliação geral do comportamento do PSD, que lidera a Junta de Ermesinde.
Em termos gerais, o balanço que a CDU faz do trabalho desenvolvido pela Junta da Freguesia está muito longe de ser positivo. Para a CDU, faltou à Junta da Freguesia de Ermesinde liderança, ambição e vontade política para concretizar as mudanças necessárias, circunscrevendo-se a intervenção quase exclusivamente à gestão corrente do órgão autárquico.
Toda a acção da Junta ficou limitada pela construção da 3º fase do novo edifício, mas, na realidade, neste ponto nada foi realizado, sendo qualquer tipo de justificação meras desculpas para o encobrimento da falta de dinâmica da Junta.
No plano cultural, apenas foram realizadas as iniciativas de comemoração do 25 de Abril, as iniciativas de comemoração do dia da Cidade e a mudança e reestruturação da biblioteca. No plano desportivo, as realizações ficaram-se por uma corrida organizada no âmbito das comemorações do 25 de Abril. O apoio ao associativismo continua a ser encarado como se de uma esmola se tratasse: os subsídios, num total de 13450 €, são atribuídos de forma casuística, sem que sejam seguidos quaisquer critérios promotores de rigor e justiça. O cenário torna-se ainda mais absurdo se pensarmos que na realização do passeio dos idosos a Junta gastou, num só dia, cerca de 25.000 €.
A intervenção da Junta junto da Câmara Municipal e dos organismos do Poder Central é diminuta e geralmente inconsequente, isto porque se resume ao envio de cartas, não existindo uma dinâmica de protesto e proposta capaz de conduzir à resolução, de forma construtiva, dos problemas existentes.
Para além de todo este passado, no presente, não vemos a Junta com uma maior capacidade de intervenção. Após um quarto do ano, ainda não se vislumbra o arranque das obras e claramente mais de um quarto do plano de actividades está por cumprir.
Por todas estas razões, a CDU decidiu votar contra as Contas de Gerência de 2006, marcando assim a sua posição de distanciamento face à falta de dinamismo e ambição demonstrada por quem conduz os destinos do órgão autárquico. O documento acabaria, contudo, por ser aprovado com os votos favoráveis do PSD e a abstenção do PS.
A CDU/Ermesinde